Comité de ética é brando<br>com Durão Barroso
O comité de ética da Comissão Europeia considera que «não há bases suficientes» para estabelecer que Durão Barroso faltou aos «deveres de integridades e discrição» ao aceitar o cargo de director não executivo do banco Goldman Sachs.
Deste modo, no seu parecer, publicado a 31 de Outubro, o comité conclui que não há motivos para aplicar uma sanção financeira ao antigo presidente da Comissão, embora reconheça que a decisão de Barroso causou dano à imagem da UE.
Este órgão foi nomeado em Setembro pela Comissão Europeia, na sequência da intervenção da Provedora de Justiça da UE, Emily O'Reilly, que solicitou a análise do caso Barroso e a revisão do código de conduta do executivo comunitário.
Em comunicado, O'Reilly observou que o comité se limitou a verificar o cumprimento das regras estabelecidas e censurou a Comissão por não dar sinais de pretender rever o código de conduta.
No sábado, dia 5, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que irá propor o alargamento do prazo do período de transição, durante o qual os ex-comissários não poderão aceitar empregos relacionados com as pastas que ocuparam.
Para o presidente esse período poderá ser alargado de 18 meses para três anos, enquanto para os comissários o prazo poderá ser de dois anos.